Seminário de Pesquisa em Arte e Autobiografia 14, com Ianah Maia e Adriano Braga

Seminário de Pesquisa em Arte e Autobiografia – 14

30 de junho de 2022, das 17h às 18h30, Google Meet.

Parte 1: Poéticas da re-existência: reconstruindo memórias de uma ancestralidade afro-indígena

Re-existir ao reconstruir memórias, costumes, tradições vem se tornando a própria poética da retomada indígena e afrodescendente não só no Brasil, mas por outros países da América Latina, como alternativa à exclusão, descriminação e marginalização de suas culturas, territórios e cosmovisões como explica Alban Achinte:

(…) muchas producciones artisticas de indigenas e afrodescenientes en Colombia, diseminadas por toda la geografia nacional, aún no reconocidas por la oficialidad de la institucionalidad artística, se encuentran trabajando en la re-vitalización de memorias, cosmoviciones, y tradiciones orales por cuanto esto

(ACHINTE apud PALERMO, 2009)

Neste seminário, a artista recifense Ianah Maia vai apresentar alguns resultados da primeira etapa de vivências da pesquisa “Poéticas de uma ancestralidade afro-indígena: tensionamentos entre o não-lugar e os múltiplos pertencimentos ancestrais através das obras autobiogeográficas feitas por Ianah Maia” nos territórios indígenas ancestrais dos Tapuia Tarairiú e do povo Potiguara, que ao se cruzarem com os relatos orais e registros genealógicos de sua família, possibilitaram a criação de algumas obras de arte de re-existência, ao subverter o apagamento histórico através da reinvenção de si e do mundo.

*Imagem do cabeçalho: Ianah Maia, Banho de rio, 2022

Parte 2: O eco é o que está atrás do espelho, com Adriano Braga

Contornando aquilo que não tem nome e nem rosto tem, pretende, aqui, seguir mato adentro investigando as reminiscências do espelho que comparece como matéria de vários de meus trabalhos. Sendo ele o que me devolve visões, resultante dos meus experimentos, práticas e vivências, na realização de trajetos e experimentos de investigação do meu gesto de expressão. Através de uma metodologia que envolve a construção de uma cartografia de bússola perdida, mas de vetores autobiográficos, para atravessar esse cerrado que também é ele, buscando forjar por meio dos mais variados procedimentos conceituais, estéticos e técnicos, um processo de pesquisa e de decomposição nessa paisagem de floresta invertida.