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Núcleo de Práticas Artísticas Autobiográficas

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Pesquisas que articulam os campos da arte e da autobiografia

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Tag: Memória

Linha 2 - NuPAA…

Primeiro Encontro da linha 2 – Processos Artísticos do Corpo e da Intimidade

23 Feb 20211 Mar 2021
No dia 23 de fevereiro, às 14 horas, aconteceu o primeiro encontro da Linha de Pesquisa 2 - Processos Artísticos do Corpo e da Intimidade, coordenada pelo professor Odinaldo Costa.…
Edital…

Resultado da Seleção de Projetos de Pesquisa para o NuPAA 2020/2021

24 Aug 20201 Nov 2020
Os coordenadores do Núcleo de Práticas Artísticas Autobiográficas - NuPAA anunciam os projetos de pesquisa selecionados para integrarem as atividades do Grupo de Pesquisa de setembro de 2020 a agosto…
Estudos Autobiográficos…

Corpo e Intimidade – Roda de Conversa

22 Jul 20207 Aug 2020
No dia 23 de julho, quinta-feira, às 16h, o NuPAA realizará a primeira roda de conversa prevista como parte da programação da exposição virtual Tecelume: colcha de autosaberes. O professor…

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Sonho de Quarentena

Eu andava calmamente pela grande praça do meu bairro, quando um menino grande veio correndo afobado na minha direção me pedindo ajuda. Apesar de desconfiada decidi ajudá-lo, e me puxando com força pelo braço, percebi que ele estava me levando em direção ao postinho de saúde. Ao chegarmos lá, no entanto, me deparei com uma construção muito antiga ocupando aquele local, eu não entendia como o Itatiaia poderia ter um prédio tão velho que parecia muito mais antigo que todos os 86 anos de Goiânia. Era uma construção de dois andares muito desgastada pelo tempo, que às vezes parecia ser feita de madeira, outras vezes já parecia ser de abobe caiado. Acima da enorme porta de madeira verde-escura, havia uma placa onde estava escrito “CADEIA”. Me estremeci por dentro, pensando nos fantasmas que deduzia ali existir. O menino, no entanto, continuava a me puxar para entrar naquele lugar insistindo que eu precisava ajudá-lo.
Eu estava no Alívio, (Fazenda onde nasci, no interior da Bahia) andando no monturo, ouvi uma galinha cantando e comecei a procurar o ninho, foi então que pisei numa terra fofa. Olhando para terra com mais atenção, percebi que se tratava da obra "Tabela de mercadorias" de Grada Kilomba. Comecei a observar e vi que além das velas, café, cacau em pó e chocolate tinha também um ovo, só que o tamanho dele era um pouco maior que o convencional. Ao pegar sentia que a casca estava muito fina, era quase uma membrana, como peguei sem cuidado ele quebrou na minha mão e tinha duas gemas. Comecei a cavar com as mãos e encontrei vários ovos, estes não quebraram, pois peguei com todo cuidado, o interessante é que as cascas não eram brancas, eu ficava questionando se era azul esverdeado ou verde azulado, foi então que me lembrei do quadro da "Zeferina" de Dalton Paula e cheguei à conclusão que era verde azulado, pois tinha a mesma cor do fundo da pintura.
"O BRT estava com tantas pessoas que eu não conseguia respirar e com a máscara em meu rosto, sentia como se estivesse debaixo d'água. O meu coração estava batendo cada vez mais depressa enquanto vou para Itaguaí. Uma amiga minha conversava comigo como se entendesse a situação dizendo que aquilo era normal. O meu medo era tão grande. Medo de adoecer. Medo de alguem tocar em mim no meio daquele espaço tão apertado. De repente, cheguei na estação porém era outra. Perguntei ao motorista que parecia estar exausto : "Moço, esse BRT não é o que tem o ponto final em Itaguaí?" - e ele respondeu - "Sim, é ele mas eu não quis ir pra lá, eu quis fazer a rota que eu achei melhor." Todos os passageiros desceram se empurrando e eu fui empurrada para fora também. Minha amiga sumiu. E nenhum passageiro reclamou do descaso do motorista." Sonho de Raquel enviado em 26/6/2020, sexta-feira, 3:42 (Imagem: Yan Marcelo)
Ontem, assustada com a possibilidade real do fim do isolamento e retorno às atividades presenciais, sonhei que estava no Leme, bairro onde resido, e não mais na serra, onde me refugiei. Na rua, tudo estava como antes da pandemia: pessoas circulando, comércio, serviços, tudo “normal”, como se nada tivesse acontecido ou acontecendo. Entrei no estúdio onde faço pilates, mas, de repente, lembrei que não poderia estar ali, em contato próximo com outras pessoas e dividindo aparelhos. Saí com os braços levantados para não tocar em nada nem em ninguém, surpresa com a naturalidade de estarem ali, sem proteção. A professora comentou que tinham voltado, mas que achava perigoso. De volta à rua, todos pareciam à vontade sem máscara ou álcool gel. De repente, me vi também sem máscara ou álcool e entrei em pânico. Parecia uma espécie de “ensaio sobre a cegueira” onde eu era a única pessoa ciente do risco de estar vulnerável à COVID19.
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