O novo número da Revista Apotheke foi publicado, com a participação da professora Manoela dos Anjos Afonso Rodrigues, que escreveu o artigo intitulado Derivas pelo arquivodocente.
Confira, abaixo, o resumo do texto:
Este texto nasce de uma escrita em travessia que exercita incursões nos guardados referentes às minhas práticas docentes dos anos 2017, 2018 e 2019, com foco na disciplina Laboratório de Produção Artística 1 (LAB1), ministrada para o quinto período do curso Artes Visuais Bacharelado, da Faculdade de Artes Visuais (FAV), da Universidade Federal de Goiás (UFG). Reconheço tais guardados como constituintes do que chamo aqui de arquivodocente e, à medida que o vou percorrendo, apresento os pilares que sustentaram minha prática artístico-pedagógica nos anos mencionados. No meio do caminho, destaco a emergência de uma “pedagogia do contar” como principal estratégia utilizada no estímulo à produção artística e aos processos de criação das e dos estudantes matriculados nessa disciplina. Os referenciais teóricos aqui citados apontam para os campos da pesquisa narrativa, dos estudos auto/biográficos e dos estudos decoloniais e foram sendo convocados à medida que os fui reencontrando em meio às derivas pelo arquivodocente. Concluo ao reconhecer o caráter crítico e libertador dos atos de criação no ambiente universitário, capazes de desfazer e refazer ligações com nossas subjetividades, gerando movimentos transformadores para outros lugares de onde podemos perceber novos modos de fazer, pensar e existir na arte, na educação e na vida.
PALAVRAS-CHAVE: Arquivodocente; Pedagogia do Contar; Processos de Criação
Este número da Revista foi organizado pelas professoras pesquisadoras Aline Nunes (UFRGS) e Angélica D’Avila Tasquetto (UFSC), que compartilham aqui sua visão sobre o volume: “Este volume a Revista Apotheke propõe reflexões sobre nomadismos e desenhos cartográficos em torno à arte, à docência, à pesquisa e à educação, no sentido de exercitarmos outros modos de acercamento a temas contemporâneos: pandemia, clausuras, memórias, espaços educativos…e, enfim, como um direito a pensarmos diferentemente do que pensamos. Com isso, lançamos convites para que outros pesquisadores se sentissem impelidos ao compartilhamento de suas narrativas e investigações em torno ao tema dos Nomadismos e, a partir disso, hoje compusemos este bonito e diverso dossiê, com treze textos e três ensaios visuais, que nos apontam as múltiplas direções para onde se fizeram chegar nossa proposta inicial. Ao longo desta edição os leitores terão em sua proximidade artigos que nos falam sobre uma certa aposta em assumir-se em trânsito: de ideias, de posturas, de ações nos espaços relativos à arte, à educação, à cultura visual, entre outros que também se presentificam nestas escritas.”
Boa leitura!