Informamos que a dissertação da Mestra em Arte e Cultura Visual, Lívia Chagas da Paz, está disponível no repositório do Sistema de Bibliotecas da UFG e na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações – BDTD.
Eu também sou dona de casa: reimaginando a cozinha como lugar de memória, autonomia e expressão artística
Resumo: Nesta pesquisa artística, parto da interseção entre arte, autobiogeografia e feminismo para questionar o lugar da mulher artista nos espaços de criação. Escolho a cozinha como eixo central de reflexões e práticas e revisito minha trajetória, que se inicia com autorretratos em aquarela e se expande, anos depois, para produções em cerâmica. Nesse percurso, investigo como a lógica doméstica—historicamente vinculada às mulheres—pode ser ressignificada pela prática artística. Para isso, proponho diálogos com autoras e artistas como Virginia Woolf, Silvia Federici, bell hooks, Martha Rosler e Mierle Ukeles ao abordar memória, cuidado e a transmissão de saberes femininos. Apoiada em Manoela dos Anjos Afonso Rodrigues, Lauren Fournier e Gloria Anzaldúa, desenvolvo uma metodologia que articula autobiogeografia e autoteoria no contexto da pesquisa em arte. Apresento como resultados artísticos em cerâmica os trabalhos Bolsa (2024), que tensiona a autorrepresentação; Conjugação (2024) e Casamento (2023), que exploram a cozinha como espaço de negociação afetiva e poder; e Quitandas (2024), no qual transformo receitas familiares em peças cerâmicas para ativar memórias e saberes femininos transmitidos entre gerações. Assim, evidencio a potência política e poética das práticas cotidianas, propondo a cozinha não apenas como espaço de resistência, mas como lugar de reinvenção e criação expandida. Palavras-chave: Arte; Feminismo; Autobiografia; Cozinha; Cerâmica.
PAZ, L. C. Eu também sou dona de casa: reimaginando a cozinha como lugar de memória, autonomia e expressão artística. 2025. 117 f. Dissertação (Mestrado em Arte e Cultura Visual) – Faculdade de Artes Visuais, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2025.