Defesa de TCC – 2024/2

Integrantes do NuPAA defendem seus trabalhos de conclusão de curso (TCC) no curso Artes Visuais Bacharelado, no auditório da FAV/UFG, Campus Samambaia

1. Segunda-feira, 9/12, às 11h45, Thaysa Alarcão defende a pesquisa artística intitulada O vermelho que habito:

    Resumo: Esta é uma pesquisa autobiográfica em arte que se apoia na escrita curativa para investigar a atuação do vermelho no meu processo artístico. Inspirada em poetas que escrevem para outras mulheres sobre cura, passando pelo fortalecimento de si através do acolhimento, do resgate do amor próprio e do conceito de corpo-casa, transfiro esse fortalecimento para a minha produção criando universos seguros em que eu possa habitar. Busco alimentar imagens curativas na mesma medida em que elas me alimentam com palavras curativas, mas entendendo que a materialidade que mais me atrai e me ampara nesse momento é o vermelho, por isso ele se torna recorte dessa pesquisa. Através do vermelho, me aproximo dos autorretratos e desenhos expandidos da artista Julia Panadés, encontrando aqui novamente uma conexão com a palavra. Me aproximo do corpo-casa e da dor na artista Louise Bourgeois, encontrando conexões também com a instalação. Especificamente através da linha vermelha, me aproximo das questões de identidade e pertencimento trabalhadas pela artista Adrianna Eu, encontrando aqui também uma conexão com a instalação e uma ponte com o corpo em campo expandido da autora Viviane Matesco. Neste momento, considero as noções de pesquisa autobiográfica em arte de Manoela A. A. Rodrigues e de escrita curativa conforme os estudos de Geruza Zelnys.

    Palavras-chave: Prática artística autobiográfica. Prática artística curativa. Vermelho. Habitar. Corpo.

    2. Sexta-feira, 13/12, às 9h15, Evelyn Dias Cruvinel defende a pesquisa artística intitulada BRINCADEIRAS ETÉREAS: Celebrações de Nascimento e Rituais de Encantamento:

    Resumo: Esta pesquisa em arte busca demonstrar a perspectiva infantil sobre o sagrado e a magia, celebrando a sabedoria única das crianças. Para isto, parto das memórias de infância, resgatando os fazeres artísticos da meninice, recheados de ensinos das decorações de festas e da espiritualidade. Nesse caminho íntimo, a prática artística é alimentada pelas memórias das mandingas infantis, (re)construindo casinhas de fadas e transformando-as em oratórios de fadas, reconhecendo-as como objetos mágicos. Num processo de escrevivências, conceituado pela autora Conceição Evaristo, as celebrações de nascimentos e os rituais de encantamento se conectam aos feitios artísticos de artistas como Arthur Bispo do Rosário, Mestre Didi, Farnese de Andrade, Ighsaan Adams, Luana Vitra, Amalia Mesa-Bains, e com os dizeres teóricos de Manoel de Barros, Sobonfu Somé, Gaston Bachelard, Lélia Gonzalez, bell hooks, entre outros. Ofereço minhas práticas, batizadas pela minha menina nas águas do seu imaginário, como brincadeiras etéreas capazes de reencantar a vida. Nos luares de hoje, essa investigação artística é simplesmente uma continuação de alquimias, estripulias artísticas e outros segredos manuseados na infância.

    Palavras-chave: Infância. Festa. Espiritualidade. Memória. Objeto. Ritual.

    Esperamos por vocês no auditório da FAV (sala 8, térreo)!